Quem sou?

Trabalhando em editoras ficava instigada com a transformação de um original, de grande potencial, sem dúvida, mas muitas vezes incompleto e confuso, em um bom livro publicável. Na maioria das vezes, tratava-se de organizar o conteúdo, desbastar os excessos e dar a melhor forma para liberar o que o autor queria de fato expressar. Um trabalho artesanal, delicado e recompensador. Ao migrar para o departamento editorial, onde tive o prazer de ajudar muitos autores nessa tarefa.

Meu trabalho é apoiar autores na travessia de um original com problemas até um bom texto ou livro publicável, mostrando-lhes que a escrita é um processo de aprendizagem tão prazeroso quanto árduo, pois não se restringe a uma descarga emocional de palavras sobre o papel ou a tela de computador num momento mágico de inspiração.

Comecei a trabalhar com escrita durante a graduação em publicidade e propaganda, na Metodista, onde aprendi muitas coisas sobre o texto, principalmente que ele precisa ser capaz de captar e manter a atenção do leitor, valendo-se do equilíbrio entre a poética e a informação.

No curso de filosofia, na FFLCH-USP, tratava-se de entender a construção da linguagem como o recurso fundamental para afirmar algo para além do senso comum: escrita e reescrita como a própria construção de um pensamento crítico.

Na faculdade de jornalismo Cásper Líbero, aprendi a construir e admirar textos claros e diretos, e também a traduzir discursos difíceis em discursos compreensíveis para o grande público. Como diz o grande Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Sou mestre e doutora em Antropologia pelo Departamento de Antropologia Social da Universidade de São Paulo. Antropologia tem me desafiado a escrever numa estrutura científica a poesia cotidiana das pessoas com quem dialogo durante a pesquisa de campo e bibliográfica. Como antropóloga, além da pesquisa acadêmica, atuo na produção de livros, audiovisuais, exposições relacionadas à cultura, arte e memória.

Adriana de Oliveira Silva

 

Alguns produtos de minha autoria

Autora

– tese Galeria & Senzala: a (im)pertinência da presença negra nas artes no Brasil (doutorado, Departamento de Antropologia, FFLCH, USP, 2018).

– livro Caminhos do Divino: festa e cultura popular em São Luiz do Paraitinga e Lagoinha (Melhoramentos, 2013).

Co-diretora e roteirista

– documentário sobre Sem folia nóis não fica, um filme a folia e a festa do Divino (Lisa/USP e Anthares Multimeios, 2014).

Co-organizadora

– livro Bixiga em Artes e Ofícios, com a profa. do depto de antropologia da USP Rose Satiko Gitarana Hikiji (CPC/Edusp, 2014).

Prêmio

Prêmio FNLIJ Monteiro Lobato – A Melhor Tradução/Adaptação de Informativo

– livro Todo dia é dia de Malala, de Rosemary McCarney (Melhoramentos, 2014).

Crie um site ou blog no WordPress.com

Acima ↑